Escrever é como despir-se. É impossível querer que as minhas palavras não me exponham, é inevitável que elas me arranquem peça por peça de roupa, e é muita ingenuidade achar que elas gerarão reações idênticas. As mesmas palavras que emocionam ou fazem rir, causam repulsa e contrariam. Geram polêmica e desconforto, da mesma maneira que confortam. E, de uma forma ou de outra, me tornam vulnerável.
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Já que não tenho coragem de assumir a minha loucura queria que ao menos algum canto do mundo me acolhesse. E me abraçasse e dissesse que tudo bem, tudo bem de vez em quando eu perder assim a razão ou o equilíbrio. E repetir, repetir e repetir o erro. E jurar que da próxima vez eu serei normal. E jurar que da próxima vez eu obedecerei á natureza, ao meu pai, à cartilha da vovó ou às meninas sonsas. E virar a rainha dos 98% dos homens que não sabem o que fazer com uma pessoa que nem eu. E depois chutar todos eles porque no fundo to pouco me fudendo pra essa maioria de idiotas.
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