Escrever é como despir-se. É impossível querer que as minhas palavras não me exponham, é inevitável que elas me arranquem peça por peça de roupa, e é muita ingenuidade achar que elas gerarão reações idênticas. As mesmas palavras que emocionam ou fazem rir, causam repulsa e contrariam. Geram polêmica e desconforto, da mesma maneira que confortam. E, de uma forma ou de outra, me tornam vulnerável.
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Trancar o dedo numa porta doí. Bater o queixo no chão doí. Doí morder a língua,cólica doí, doí torcer o tornozelo. Doí bater a cabeça na quina da mesa,carie doí,pedras nos rins também doí. Mas o que mais doí é a saudade. Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma brincadeira de infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade de nós mesmo,o tempo não perdoá.
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