Escrever é como despir-se. É impossível querer que as minhas palavras não me exponham, é inevitável que elas me arranquem peça por peça de roupa, e é muita ingenuidade achar que elas gerarão reações idênticas. As mesmas palavras que emocionam ou fazem rir, causam repulsa e contrariam. Geram polêmica e desconforto, da mesma maneira que confortam. E, de uma forma ou de outra, me tornam vulnerável.
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Eu tenho medo de mim, do meu descontrole e do meu desconhecimento sobre o limite entre a loucura e a sanidade. Tenho medo de acordar no dia seguinte e não conseguir mais me esforçar para me encaixar nesse sistema. Tenho medo de descobrir que tudo o que me tem feito feliz é um sonho e que, de repente, acordei. E esse medo de ser sonho acaba me impedindo de sonhar e transforma minha vida num pesadelo. Tenho medo da minha dificuldade em lidar com a felicidade, o que acaba me distanciando cada vez mais dela. Tenho medo dos personagens que eu mesma crio, e que começam a fugir ao meu controle. Tenho medo de escuro quando falta luz na minha rua, mas tenho mais medo ainda do escuro que vem de dentro de mim. Tenho medo de não saber lidar com as situações que eu mesma planejei, e também tenho medo de não ter alguns instintos que todas as outras mulheres alegam ter. Tenho medo de parar de ler o que gosto para ler livros instrutivos e acabar perdendo minha essência.Tenho medo de assumir para mim mesma todas as cicatrizes que levo no peito
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