Escrever é como despir-se. É impossível querer que as minhas palavras não me exponham, é inevitável que elas me arranquem peça por peça de roupa, e é muita ingenuidade achar que elas gerarão reações idênticas. As mesmas palavras que emocionam ou fazem rir, causam repulsa e contrariam. Geram polêmica e desconforto, da mesma maneira que confortam. E, de uma forma ou de outra, me tornam vulnerável.
terça-feira, 10 de maio de 2011
Nunca amamos ninguém. Amamos, tão-somente, a ideia que fazemos de alguém. É um conceito nosso - em suma, é a nós mesmos - que amamos. Isso é verdade em toda a escala do amor. No amor sexual buscamos um prazer nosso dado por intermédio de um corpo estranho. No amor diferente do sexual, buscamos um prazer nosso dado por intermédio de uma ideia nossa.
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